Os sete selos e as sete
trombetas de Apocalipse
O homem sempre foi
fascinado com a idéia de futuro. Para onde caminha a humanidade? Qual será o
seu fim? Muitas religiões tentaram e ainda tentam dar uma resposta a essas
questões. Mas Deus Todo Poderoso, o criador do universo e do homem revelou a
João, através de seu amado, Yeshua (Jesus) o que certamente acontecerá nos
tempos finais.
Yeshua ordena a João
escrever as coisas que lhe foram mostradas e confirma Ele próprio a veracidade
dos fatos.
Na descrição
encontrada no livro Apocalipse de João, vemos que Yeshua inicialmente dá um
alerta à sua igreja: arrependi-vos. Bem-aventuranças e advertências são dadas.
Logo após essas cartas
às igrejas e apóstolos, João tem uma das mais belas visões descritas nas
Escrituras Sagradas: a visão do Trono de Deus. Essa descrição encontra-se no
capítulo 4 de Apocalipse. Mas é interessante notar um detalhe citado por João:
“Vi, na mão direita daquele que estava assentado no trono, um rolo (livro)
escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos” (Ap 5. 1).
Qual o significado
desse livro e de seus selos? Na antigüidade documentos reais/oficiais eram
escritos em rolos e o selo garantia entre outras coisas:
1.a manutenção do
sigilo de seu conteúdo;
2.a autenticidade e a
autoridade da mensagem.
A observação feita por
João que esse livro estava escrito por
dentro e por fora indica a importância e a totalidade de seu conteúdo. O número
de selos, sete, indica na língua hebraica a perfeição, a plenitude. Dai pode-se
inferir como esse documento é importante. Muitas opiniões existem entre os
estudiosos sobre o que é esse livro e o que ele contém. O que podemos afirmar
com certeza é que pertence a Deus Todo-Poderoso, que os julgamentos de Deus e
seus castigos são liberados ao se abrirem os selos desse documento e que só há
uma criatura em todo o universo com autoridade para abrir os selos – Yeshua, o
Messias. O cordeiro que foi morto mas vive para sempre. Aquele que cumpriu em plena obediência a missão de
expiação pelo homem.
Ao serem quebrados os
primeiros quatro selos, são libertados os “quatro cavaleiros do Apocalipse” que
representam respectivamente: 1- a guerra em seu aspecto de subjugar as pessoas
umas às outras; 2 – a guerra em seu aspecto de ódio entre as nações e
indivíduos; 3 – a distribuição econômica
desigual, bem como a escassez e 4 – a morte que resulta das 3 primeiras
causas e resultantes de doenças.
Muito se tem dito
acerca do primeiro cavaleiro montado no cavalo branco. Muitos consideram ser
Jesus ou até mesmo a expansão do evangelho. Em Ap 6: 2 fala de um arco (arma de
guerra) e que “lhe foi dada uma coroa”.
Jesus não precisa que lhe seja dada uma coroa, Ele tem sobre sua cabeça “muitos
diademas”(Ap 19:12). Cremos então que este cavaleiro traz julgamento na forma
da guerra e conquista. Parece que esse cavaleiro quer enganar com sua aparência
seja pelo cavalo branco seja pelo arco, sem a flecha. Ele imita, mas não é o
Messias.
No segundo selo vemos
claramente o caráter de seu cavalo. Veio num cavalo vermelho que representa a
violência e sangue e conduzirá os homens à guerra.
Com decorrência da
guerra é quebrado o 3º selo que simboliza a fome e a escassez de alimentos. É
importante observar que produtos de luxo que estão presentes nas mesas dos
ricos serão preservados. Isto nos leva a inferir que os ricos estarão mais
ricos e os pobres trabalharão muito e pouco comerão.
Então o próximo selo é
quebrado. Em decorrência da guerra, fome e desigualdade econômica haverá uma
mortandade sem igual. O cavalo pálido ou
amarelo é a própria cor de um cadáver. Por todo lado haverá guerras, fome,
pestes e cadáveres abandonados. Cremos que aqui podemos já visualizar de
maneira clara o caráter do governo do anticristo. A quarta parte dos habitantes da terra morrerá.
O quinto selo faz
liberar um clamor por vingança daqueles que foram mortos como mártires. O
Talmud fala das almas dos justos oferecidas como sacrifício a Deus no Templo
Celeste. Eles reconhecem que a vingança pertence a Deus. Mas ainda não é
chegado o tempo oportuno. Deveriam aguardar até que se completasse o número de
mártires.
É quebrado então o 6º
selo, o selo que libera ira da natureza. Um grande terremoto acontece a nível
mundial. Parece haver a descrição de uma grande chuva de meteoros. Todos os
homens, grandes e pequenos, são afetados. Os
homens têm consciência de que esses acontecimentos são juízos de Deus.
Nesse ponto há uma
suspensão dos juízos para que sejam selados 144.000 juDeus. Esse selo pode
significar uma proteção do dano físico ou espiritual e representará uma
proteção durante a tribulação. Afirmamos que são juDeus porque há a descrição
de cada tribo. Há a falta das tribos de Dâ e Efraim. É provável que isso tenha
ocorrido por causa de sua idolatria. Elas deixaram que fosse introduzido em
suas tribos bezerros de ouro pelo rei Jeroboão (Jz 4:45, Os 4:17). Embora hoje
a maioria dos juDeus não esteja convicta de sua linhagem esta passagem indica
que Deus miraculosamente revelará a identidade tribal de seu povo nos últimos
dias. O Salmo 87:5-6 diz: “E com respeito a Sião se dirá: Este e aquele
nasceram nela; e o próprio Altíssimo a estabelecerá. O Senhor, ao registrar os
povos, dirá: Este nasceu lá”.
Esses 144.000 serão juDeus
messiânicos, isto é, juDeus que crêem em
Yeshua como o Messias enviado por Deus e profetizado no Antigo Testamento. Seu
ministério, durante o período tribulacional, será o de testemunhar perante o
mundo. Em Ap 14:5,6 eles aparecem como primícias para Deus e para o cordeiro,
são castos e sem máculas. No céu recebem o privilégio de aprenderem o novo
cântico de louvor e adoração a Deus.
Seguindo a visão dos
144.000, João vê uma multidão de todas as nações que estão diante do trono.
Quem são estes? São aqueles que, vendo o juízo de Deus sobre a terra, se arrependerão,
se purificarão e aceitarão a salvação que há no sangue sacrificial de Yeshua.
Pagarão com sua própria vida por causa de sua fé. Serão decapitados (Ap 20: 4),
por causa de Yeshua. Manterão o testemunho de sua fé e como recompensa servirão
dia e noite a Deus no seu santuário celeste.
Após essa pequena
suspensão na retirada dos selos faz-se um silêncio por meia hora. É um silêncio
que causa profundo temor. É o indício que algo solene ou tremendo está para
acontecer. É então quebrado o 7º selo. Pode-se dizer que nesse momento
inicia-se a ira de Deus. Deus está vindo para intervir de maneira definitiva na
rebeldia e pecado dos homens. Esse sétimo selo libera as sete trombetas que são
tocadas por sete anjos.
O toque da trombeta
(shofar) entre o povo de Israel é muito significativo. É um modo de chamar o
povo à ação; alertar quanto á guerra; chamar o povo à adoração e anunciar as
festas bíblicas.
As quatro primeiras
trombetas afetarão diretamente a natureza e de modo indireto os homens. Lembra
as pragas do Egito (Sl 105:29,32), enquanto as últimas três pragas afetarão
diretamente os homens.
Com o toque da 1ª
trombeta haverá uma chuva de granizo, fogo e sangue. Terá um efeito
catastrófico sobre a vida vegetal. A qualidade do ar será comprometida. Será
uma clara advertência ao mundo.
Com o soar da 2ª
trombeta haverá uma grande destruição sobre o mar. Haverá a queda de um grande
elemento fumegante sobre o mar. É difícil saber ao certo o que será, mas pode
ser um grande meteoro ou mesmo uma bomba de grande poder de destruição. As
perdas na natureza e de vidas humanas serão enormes.
A 3ª trombeta fará
liberar um juízo sobre as fontes de água potável da terra. Um terço dos rios e
das fontes naturais serão contaminados. O símbolo usado “absinto” é uma madeira
de sabor mais amargo que há. Muitos homens morreram o ingerir das águas
contaminadas.
A 4ª trombeta afetará
o firmamento. Um terço do sol, lua e estrelas perderão seu brilho. Isto
significa que a luz do dia será diminuída e que o poder da luz será reduzido em
um terço. Isso trará um esfriamento à terra e tristeza aos homens.
Os três últimos toques
serão também os “ai”. São toques que trarão muitos sofrimentos e causarão
lamentos. A 5ª trombeta libera um anjo que tem as chaves do abismo. O abismo
não é o Sheol mas um lugar onde seres demoníacos estão aprisionados. Esses
poderes demoníacos são descritos como locustas que voam (Ex 10:12-20; Gl
1:4,2:4-14) e ferroam como escorpiões (Ez 2:6, Lc11:12).
Atormentaram os homens
de maneira tremenda e terão 4 limitações: a) não podem danificar a natureza; b)
não podem atormentar os que estão com o selo de Deus; c) não podem matar e d)
seu poder é limitado. Quando a 6ª trombeta é tocada, quatro anjos são
liberados. Esses anjos encontravam-se atados junto ao rio Eufrates. O rio
Eufrates é um dos quatro rios que saía do Jardim do Éden. Foi nessa região que
o homem começou a adorar a ídolos e pensou em chegar ao céu por seus próprios
esforços. O lugar que lembra a vitória dos anjos caídos sobre o homem (Éden), Deus
transforma em prisão para eles. Esses anjos parecem ser espíritos malíguinos,
atados por causa de seu espírito homicida, pois não podem matar, até que chegue
a hora indicada por Deus e Ele dê ordem para soltá-los. Quando soltos trazem
consigo exércitos numerosos e saem para cumprir o seu desejo de matar e
destruir os homens. Será um golpe estonteante, dado pelo próprio Hades e que se
constituirá numa praga que deixará os homens atônitos. Apesar
desse grande flagelo os homens não se arrependem.
A 7ª trombeta é tocada.
Embora muitos eventos ainda estejam em curso, João relata a alegria antecipada
dos anjos pela vitória plena de Yeshua sobre Satanás. Os 24 anciãos adoram a Deus
reconhecendo que o seu reino glorioso será implantado na segunda vinda de
Yeshua.
As nações continuam
endurecidas, mas o juízo final de Deus se aproxima. É então liberada a
consumação da ira de Deus com os sete últimos flagelos – as taças da ira.
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