"*RÁDIO SOTELO*"

domingo, 27 de janeiro de 2013



Graça; fé,caminhada


e milagre
Texto bíblico: Josué 3.1-17
Objetivo da lição
Levar os/as alunos/as a crer na Graça de Deus, andar sob a direção dela e contemplarem os milagres que ela promove.
Para início de conversa
Ler os dois primeiros parágrafos da lição. Perguntar aos/às alunos/as se eles/as conseguem observar a manifestação da Graça de Deus no Antigo Testamento e enfatizar que a Graça do Senhor está presente no texto veterotestamentário.
Por dentro do assunto
Professor/a, no item “Explicação do texto bíblico”, é importante você fazer as pontuações e explicações a seguir:
Sobre a escravidão no Egito: Deus havia estabelecido uma aliança com Abraão e sua descendência (Gn 12). Vieram as gerações de Isaque, Jacó e dos filhos de Jacó. Deus continuou fiel em abençoar e proteger o seu povo, dando-lhe também terra para viver e filhos para trabalhar a terra e manter a descendência. Deus faz as mulheres estéreis gerarem filhos.
Devido à seca e à fome que se abateram sobre toda a Palestina, Jacó e sua família acabaram mudando-se para o Egito, onde um de seus filhos, José, alcançara lugar de destaque junto ao Faraó, sendo nomeado por
fonte:cyberdietas.com.br
este como governador da nação. Ali, o povo de Deus se sentiu seguro e se acomodou por muitos e muitos anos, sendo fecundos e muito abençoados (Êx 1.7). Mas diz o texto bíblico que “entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito” que não conhecera José e, temendo o crescimento, a força e a prosperidade do povo de Deus, acabou por tornar os hebreus escravos (Êx 1.8-14). Deus ouve o clamor do seu povo, vê o seu sofrimento e decide libertá-lo da escravidão egípcia, levando-o para a terra prometida a Abraão e sua descendência.
Surge, então, Moisés, um hebreu criado no palácio de Faraó por uma das muitas filhas do Faraó (Êx 2.1-10), mas que acaba por matar um egípcio e, como um fugitivo/refugiado na tribo dos midianitas, constitui família, torna-se pastor de ovelhas e é chamado por Deus para ser instrumento divino na libertação dos hebreus cativos no Egito. Acontece o Êxodo, a saída do Egito e a travessia do Mar Vermelho a “pés enxutos” (Êx 14.22; Êx 15.19).
O povo recebe os mandamentos e orientações de Deus, peca contra o Senhor, não confiando em Deus (Êx 17.1-7), preferindo até mesmo voltar para a “segurança” da escravidão egípcia a confiar na promessa de um Deus vivo que não se podia dominar, manipular, encabrestar. O Senhor faz o povo peregrinar por 40 anos pelo deserto, pois não bastava tirar o povo do Egito, mas era preciso tirar o Egito do coração deles.
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Graca; fé,caminhada e milagre
Sobre o Deus da Graça no Antigo Testamento: Temos, hoje, diante de nós, o grande desafio de reler os textos do Antigo Testamento (tão marcados pela violência e o legalismo praticados em nome de Deus) a partir da ótica (a vida e os ensinos) de Jesus e ver ali os sinais da Graça do mesmo Deus Pai, bondoso e amoroso, por ele revelado. Isso não é nada fácil, pois nos acostumamos a ler esses textos sem passá-los pelo crivo de Jesus, sem considerar o contexto em que foram escritos, a teologia da época, etc.
Com certeza, isso é possível. Veremos então como são diferentes as teologias e ênfases dos textos do Pentateuco em relação aos textos dos profetas. Moisés fala de sacrifícios, rituais purificadores, da vingança de Deus... os profetas dizem que Deus não quer sacrifícios e holocaustos, mas coração quebrantado; que Deus não quer nosso dinheiro, mas que pratiquemos a justiça, amemos a misericórdia e que andemos humildemente diante Dele; Deus não vinga o pecado do “pai no filho até a quarta geração” (Êx 20.5); mas julga com justiça: “aquele que pecar, esse é que será condenado” e o filho não sofrerá pelo pecado do pai” (Ez 18).
Por isso, Jesus, anos depois, afirma sobre certo homem que não podia enxergar: “a cegueira desse homem não é um castigo divino por causa de algum pecado dele ou do seu pai” (Jo 9.1-3). No Sermão do Monte, particularmente em Mateus 5.17-48, Jesus nos ensina a reler o Antigo Testamento e nos dá alguns exemplos: não o “olho por olho”, mas o perdão e o amor aos inimigos; não pagar o mal com o mal, mas sermos benignos em todas as circunstâncias.
Jesus, como vemos, não anula a Lei de Deus, mas dá a ela o verdadeiro valor e sentido que deveria ter: “o sábado foi feito para o homem e não o homem para servir ao sábado” (Mc 2.27-28).
A Lei deveria ser instrumento divino de orientação, correção e compaixão, mas acabou tornando-se instrumento religioso de acusação, condenação, exclusão e até de idolatria, pois, supostamente em defesa da Lei, o Filho de Deus, o Salvador, foi assassinado na cruz. Por causa da Lei sem Graça perseguiram e crucificaram o Deus da Graça encarnado, Senhor de toda a terra e de toda a Lei.
O amor de Deus: Se a crucificação e morte de Jesus foram o “não” do ser humano ao amor de Deus, a ressurreição de Jesus é o “sim” de Deus até mesmo àqueles que o rejeitaram. A última palavra é sempre a Palavra de Deus, com oferta de salvação. Como dizia o reformador Martinho Lutero: “podemos até rejeitar o amor de Deus, mas não podemos impedir que Deus continue a nos amar”. “Aquele que me ama, diz Jesus, me obedece (guardará a minha palavra). O que não me obedece não me ama” (Jo 14.21, 23). Para aceitar a graça de Deus, portanto, é preciso confiar em Jesus.
E por fim...
Procure pontuar para a classe que, muitas vezes, os/as cristãos/ãs contemporâneos/as atuam como parte do povo de Israel, isto é, com rebeldia, com descompromisso e com desconfiança. Se isto é verdade, então mostre para os/as alunos/as que eles/as são chamados/as a observarem e desfrutarem da Graça do Senhor. Ressalte que a Graça perdoa, liberta, santifica e salva.
Nas quatro atividades propostas, seja o/a primeiro/a a falar. Seja claro/a e pontual, e estimule os/as irmãos/ãs a falarem. Não se esqueça de que a Palavra deve iluminar a sua vida e a dos/as seus/suas alunos/as.

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