"*RÁDIO SOTELO*"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


O juízo final após o milênio



"Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Apocalipse 20.11-15
O trono que nos é apresentado aqui, o grande trono branco, não é o mesmo que foi mostrado para o apóstolo no quarto capítulo do Apocalipse. Naquele trono havia um arco-íris, expressão do cumprimento de todas as promessas da Aliança.
Como já vimos, o arco-íris foi o sinal da aliança entre Deus e Noé. O arco-íris ao redor daquele trono caracterizava a promessa divina, a esperança dos fiéis discípulos do Senhor Jesus. Mas aqui o grande trono branco se apresenta sem qualquer sinal de esperança, uma vez que não há nada mais a esperar.
Do primeiro trono saíam relâmpagos, vozes e trovões, expressão dos juízos destruidores sobre a humanidade rebelde. Mas do grande trono branco nada é dito além de que ele é grande e branco. Uma figura de imensurável poder e de pura e incorruptível justiça.
Aí já não há mais purificação ou salvação para aqueles que irão ressuscitar para comparecerem de pé diante dele. Por isso também não há ameaça de um juízo futuro, como aconteceu no primeiro trono, pela manifestação de relâmpagos e trovões.
Ao redor do primeiro trono havia 24 tronos ocupados por juízes adicionais, além dos quatro seres viventes. Mas o quadro aqui revelado mostra-nos um único grande trono branco, erguido após o Milênio, significando que o tempo da graça já passou, e agora só resta o julgamento e castigo eterno daqueles que estarão diante dele.
Diante do primeiro trono branco vimos "um como que mar de vidro, semelhante ao cristal", como uma planície celestial: símbolo de um abrigo no Céu. A partir desse trono, muitos seriam conduzidos à glória eterna, mas aqui, no grande trono branco, não há mais lugar de refúgio celestial ou de paz celestial. Jamais procederá salvação dali.
Também diante do primeiro trono se cantava alegremente; ouviam-se poderosos hinos de louvor para a glória de Deus e do Cordeiro, pois com aquele trono começava o tempo da glória dos santos, que lhes trazia completa redenção e recompensa.
Aqui, entretanto, diante do grande trono branco, após a conclusão do Milênio, não se ouve nenhum hino, nenhuma voz de alegria, nenhum som de gratidão. Aqui nada mais há além de execução da justiça penalizadora, que entrega os ímpios ao lago de fogo e enxofre: "...e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Apocalipse 20.11).
Tamanhos são a grandeza, a glória e o poder dAquele que Se assenta no grande trono branco, que a Sua presença faz fugir a Terra e o céu. Quem é capaz de descrevê-Lo? Ele é indescritível, soberano, onisciente, onipresente e onipotente. A Sua majestade é tão gloriosa que o apóstolo João só tem condições de dizer:
"Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros." Apocalipse 20.11,12
Então acontecerá a segunda e última ressurreição dos mortos. Enquanto a Terra e o céu fogem da presença do Altíssimo, aqueles que têm de ser julgados, condenados e lançados na perdição eterna não podem fugir.
Lá estarão reunidos todos os seres humanos que, em vida, rejeitaram o Filho dAquele que Se assenta no grande trono branco. Por causa disto, não há ninguém que possa interceder por eles; quem possa defender-lhes a causa; nenhum advogado; nenhum defensor; nenhum intercessor; ninguém!
Conheço um homem de Deus que muitas vezes foi levado perante o juiz e os seus acusadores. Ele sabia que os seus inimigos haviam movido processos criminais contra ele, imbuídos apenas por um espírito de inveja.
Aliás, o mesmo espírito de Caim! Os filhos do mundo não suportam ver os filhos de Deus abençoados. E todas as vezes que aquele homem precisava comparecer perante o juiz, sempre havia uma certa ansiedade. Afinal de contas, podia acontecer de um magistrado arbitrariamente enviá-lo para a cadeia. E o ambiente de um tribunal, onde estão presentes o juiz, os promotores e os advogados de defesa e de acusação, faz qualquer réu sofrer por antecipação.
E foi justamente aí que aquele homem pôde avaliar o quão glorioso é saber que, em Cristo Jesus, sempre temos a certeza do perdão! Ele é o Advogado que jamais perde uma causa, tendo em vista ser o Seu Pai o Juiz Eterno.
Então vemos os livros abertos. O Livro da Vida e os livros com anotações dos pecados de todos os seres humanos.
Parece também que se decide o grau de intensidade da eterna maldição, pois está dito duplamente que: "...E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros (...)E foram julgados, um por um, segundo as suas obras". (Apocalipse 20.12,13).

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