"*RÁDIO SOTELO*"

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Terceira Parte: A Defesa Final de Jó e a Réplica de Eliú
Lição 1: O primeiro monólogo de Jó (27:1 - 28:28)

I. As declarações de Jó a respeito de si e de Deus (27:1-23)
A. Jó reafirma sua declaração de inocência (vs. 1-6).
1. Fazendo um juramento, Jó assevera que não pecará com palavras injustas.
2. Parece que o que ele tem em mente é o pecado de confessar um pecado do qual ele não é culpado. Isto seria "engano" (veja v. 4).
a. Dizer que os amigos estavam certos, seria o mesmo, para Jó, que admitir que ele tinha pecado de tal modo a merecer o "castigo" que estava recebendo.
b. Antes que "dar razão" a seus amigos, ele poderia continuar a afirmar sua inocência.
B. Nota especial:
1. O restante do texto da lição compreende uma das partes mais difíceis do livro de Jó. Uma porção (conf. 27:7-23) não parece ajustar-se no pensamento de Jó, o qual já observamos anteriormente, antes, parece descrever o pensamento dos três amigos. O capítulo 28, na opinião de algumas pessoas, não está bem relacionado com os capítulos 27 e 29.
2. Para lidar com estes "problemas", há quem tenha sugerido que parte do capítulo 27 (vs. 7-23) realmente constitui o terceiro discurso de Zofar. Outros também sugerem que todo o capítulo 28 foi escrito muito mais tarde do que o resto de Jó e sendo assim não é inspirado.
3. Nestas notas, estes dois capítulos serão considerados como tendo sido ditos por Jó. Os seguintes pontos deverão ser observados:
a. Jó já afirmou que a justiça no final será cumprida; pelo menos ele acredita que será justificado por Deus (por exemplo, veja 23:10; 19:25). Jó não entende o "como" e o "porquê" deste processo. Ele observou que tal justiça freqüentemente não é cumprida nesta vida, e que ainda os ímpios recebem bênçãos de Deus neste mundo.
b. É bem possível que, no capítulo 28, o ponto de Jó seja que o "como" e o "quando" do castigo da impiedade do homem estão dentro do domínio da sabedoria de Deus e que o homem não pode atingi-la.
c. Algumas pessoas sugerem que, ainda que Jó esteja falando em 27:7-23, ele está falando de uma maneira irônica, citando o argumento dos amigos e relegando toda a matéria da justiça à sabedoria de Deus (capitulo 28).
C. Jó declara a justiça de Deus (27:7-23).
1. Esta parte é iniciada pelo desejo de Jó de que seus inimigos sejam castigados como o os ímpios são (v. 7).
2. Versículos 9-10 podem pretender mostrar a diferença entre o homem ímpio e Jó. Jó continuou a "apelar para Deus".
3. A declaração de Jó é a mesma que a dos amigos: se o ímpio prospera, não será por muito tempo.
4. A ênfase do versículo 18 refere-se à natureza temporária do ímpio, assim como é transitório o seu abrigo.
II. A incapacidade do homem de descobrir a sabedoria
(28:1-28)
A. Jó relata a admirável capacidade do homem para escavar a terra em busca de tesouros (vs. 1-11).
1. Ele descreve alguns processos de mineração que existiam naquele tempo.
2. Jó está ressaltando a inteligência do homem e sua superioridade sobre os animais (particularmente o falcão com sua vista superior, e o leão, um animal de imensa coragem) que não têm, afinal, pisado esses caminhos no fundo da terra.
B. A sabedoria é um tesouro de valor imenso (vs. 12-19).
1. Apesar da busca inspirada do homem por pedras e metais valiosos, ele é incapaz de "escavar" a sabedoria; de fato, ele não sabe sequer o seu valor (vs. 12-14).
2. A sabedoria não pode ser extraída da terra como se escavam tesouros. Seu valor está tão longe de tais tesouros que não é possível trocá-los por ela (vs. 15-19).
C. Deus é o possuidor da verdadeira sabedoria (vs. 20-28).
1. A sabedoria aqui considerada está oculta ao homem (vs. 20-21).
2. Até mesmo a morte e a perdição apenas ouviram falar da sabedoria (v.22).
3. Jó dá evidência da posse de sabedoria por Deus observando as obras ordenadas da natureza (vs. 23-26).
4. O homem só pode conhecer a sabedoria como Deus a revela e sua declaração é afirmada por Jó (v. 28).

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